Elisa Almeida de Oliveira (Infaz Ilhéus)

Núcleo da Mulher, Livetech da Bahia e Núcleo Gespública Bahia

Mãe de Milenna e Yasminne

 

 

 

 

 

 

 

1-Que tipo de trabalho você realiza nas entidades?
Entrego o lixo reciclável da minha residência, pilhas e baterias coletadas em caixa padrão disponível no prédio da Inspetoria de Ilhéus à ONG "Núcleo da Mulher", sendo que o material reciclável é vendido e o lucro convertido em ajuda a mulheres e crianças da comunidade onde está localizada. Já as pilhas são enviadas a empresa de reciclagem fora do estado, minimizando a poluição do solo e rios da região. Participo também do projeto "Praias Limpas", em parceria com a empresa do pólo de informática de Ilhéus, Livetech da Bahia, que tem como objetivo recolher lixo jogado nas praias ao mesmo tempo em que conscientiza a população. Além disso, sou voluntária multiplicadora do Programa Nacional Gespública, participo divulgando e atuando como validadora sob a coordenação da Petrobras, nas auto-avaliações de organizações públicas participantes, visando um serviço público de excelência para o nosso país.

2-Como conheceu as instituições?
A vontade de fazer algo produtivo pela cidade onde vivo e pelo meio ambiente me fez procurar por instituições sociais, perguntando a amigos e conhecidos ou em eventos voltados ao terceiro setor, e assim fui obtendo informações e entrando em contato com essas organizações. Quanto à Gespública, fui incentivada pela própria Sefaz.

3-Como você vê a importância desse trabalho para a sociedade?
O trabalho voluntário não só minimiza os problemas sociais existentes, como serve de exemplo para que todos os cidadãos, servidores públicos e governantes se comprometam efetivamente com a parte que lhes cabe.

4-E para a sua vida, qual a importância de desenvolver um trabalho ligado à questão da responsabilidade social? Ele lhe traz algum benefício?
É gratificante para mim saber que fiz algo benéfico para a sociedade, para minha cidade ou comunidade próxima, mesmo que tão insignificante diante de tudo o que resta ainda para ser feito. Mas sei também que se mais e mais pessoas fizerem esse pouco, ele se tornará gigantesco e atingirá o status de adequado.

5-Como consegue conciliar o trabalho, os afazeres da vida pessoal e o papel de mãe com o seu envolvimento no projeto?
Não é fácil mesmo! O stress é grande, pois é muita coisa pra fazer e pensar ao mesmo tempo. E o pior é ouvir a maioria das pessoas dizendo "Pra que tudo isso, o mundo não vai mudar mesmo? Enquanto você perde tempo catando lixo em praia ou guardando lixo em casa estão despejando toneladas em tudo quanto é lugar (veja, não é lixo, é material reciclável). Ou o que é isso de Gespública? Serviço público no Brasil nunca vai ser bom, imagine excelente." É assim, às vezes choro achando que é tudo em vão, depois levanto, penso nos meus valores e nas minhas crenças, penso no exemplo que sou para as minhas filhas e acho forças pra seguir em frente.

6-Tem algum fato interessante pra contar, alguma experiência que tenha lhe marcado durante essa outra atividade?
Numa tarde de domingo, escolhemos uma praia do centro de Ilhéus para fazer a "catança de lixo". Fizemos um planejamento de cobrir 2 km de praia. E aí, sabe o que aconteceu? Conseguimos apenas 400 metros no máximo! Não tínhamos idéia de que havia tanto lixo, principalmente sob a areia.

7- Para finalizar, você pode deixar uma mensagem de incentivo para os servidores fazendários que querem se envolver num projeto como o que você participa?
Amigos e colegas, o trabalho não é fácil, mas nada supera a satisfação de ter feito o bem só pelo bem, sem nada exigir em troca, e num dado momento perceber-se um exemplo e instrumento de muitas coisas boas.

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