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Saiba como proteger a pele durante o verão
Sol, praia, piscina, parque. O verão é a estação perfeita para aproveitar o clima e fazer uma atividade ao ar livre. Entretanto, os termômetros batendo na casa dos 40 graus e a grande incidência de raios ultravioleta (UV) emitidos pelo sol exigem cuidado redobrado com a pele nesta época do ano. Confira dez dicas da Sociedade Brasileira de Dermatologia para proteger a pele durante o verão.
1-Proteja-se da radiação solar
A radiação solar atua na pele causando desde queimaduras até foto envelhecimento e aparecimento dos cânceres de pele. Várias alterações de pigmentação da pele são provocadas pela exposição solar, como as manchas, pintas e sardas. A pele foto envelhecida é mais espessa, por vezes amarelada, áspera e manchada. Pessoas com pele envelhecida pelo sol têm maior probabilidade de desenvolver câncer e lesões pré-cancerosas.
Sabendo-se do papel do sol no envelhecimento da pele, qualquer tratamento de rejuvenescimento obrigatoriamente começa com filtro solar diariamente! Como regra básica devemos preferir os filtros com FPS 15 ou maior, que protejam contra os raios ultravioleta (UVA e UVB). Não esqueça, também, de utilizar acessórios como roupas de mangas longas (sem decotes), chapéus, bonés, óculos escuros, sombrinhas e guarda-sol quando tiver que se expor ao sol.
2-Evite os horários em que o sol é mais intenso
A radiação solar é mais intensa entre 10 horas da manhã e 3 horas da tarde. Por isso, é melhor evitar se expor ao sol nestes horários.
3-Quanto mais clara for a pele, maior deve ser a proteção contra o sol
A cor da pele é conferida por um pigmento chamado melanina, que em maior ou menor quantidade determina a variação da pele branca a negra. Esse pigmento ajuda na proteção ao sol, assim, a pele clara é mais desprotegida e tem maior risco de queimaduras por ter menor concentração de melanina. Esses pigmentos estão na pele, no cabelo e nos olhos.
A pele negra tem uma grande capacidade de proteção natural, já que contém mais melanina. No entanto, também está sujeita a uma incidência maior de manchas. Apesar de estarem menos propensas aos efeitos nocivos dos raios UV, as peles negras também devem ser diariamente protegidas com o uso de filtros solares, pois previnem a formação de manchas. A pele negra é mais resistente que a pele branca, o que contribui para uma aparência mais jovem e para preservar a hidratação interna.
4-Se proteger da radiação solar evita o câncer de pele
Dos tumores existentes, o câncer da pele é o mais freqüente. Muitos deles poderiam ser evitados se medidas de prevenção fossem aplicadas em tempo apropriado, permitindo assim sua cura.
A radiação ultravioleta é a principal responsável pelo desenvolvimento do câncer da pele. Ela se encontra nos raios solares e nas cabines de bronzeamento artificial. A exposição excessiva e prolongada ao sol contribui não só para o risco no desenvolvimento do câncer como também no envelhecimento precoce da pele. É importante lembrar que o efeito da radiação ultravioleta é cumulativo, ou seja, as alterações da pele podem se manifestar anos depois. Além da radiação solar outros fatores como raios X e certas substâncias químicas podem levar ao câncer da pele.
Os sintomas podem ser um crescimento na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida. Uma “pinta” preta ou acastanhada que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas suas bordas e cresce de tamanho. Uma “mancha” ou ferida que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.
Qualquer pessoa pode ter câncer da pele, principalmente as de pele, olhos e cabelos claros, que sempre se queimam e nunca se bronzeiam. Além desses, ruivos e portadores de “sardas”, pessoas que se expõem ao sol por muito tempo ou os que possuem história familiar de tumor na pele também estão no grupo de risco. O importante com relação ao câncer da pele é que é possível preveni-lo e curá-lo quando diagnosticado precocemente. É possível se prevenir protegendo-se dos raios solares e examinando sua pele regularmente e reconhecendo os sinais precoces de tumor.
5-Manchas e sinais na pele estão diretamente ligados à exposição solar
Os dermatologistas chamam de nevos o que popularmente conhecemos como “pintas” ou “sinais”. Os nevos podem ter vários aspectos, variando de cor e tamanho em cada pessoa. Geralmente são marrons, e aparecem em qualquer lugar do corpo. Cada nevo tem o seu padrão de desenvolvimento; com o tempo, podem crescer e apresentar pêlos no local.
Normalmente os nevos aparecem até os 20 anos de idade. No entanto, a exposição solar está diretamente ligada ao seu aparecimento no corpo. Quanto mais exposto ao sol, maior o número de sinais. E quanto maior o número de queimaduras na pele decorrentes da exposição solar, maior o risco de se desenvolver um câncer de pele. Por isso, as pessoas de pele clara ou ruivas devem ter cuidado redobrado. Todas as mudanças nos nevos devem ser observadas e mostradas a um dermatologista.
As pessoas que têm mais de 100 nevos na pele têm maior risco de desenvolver o melanoma, o tipo mais agressivo de câncer de pele. Os nevos congênitos são aqueles presentes no corpo quando nascemos – 1 em cada 100 pessoas têm nevos congênitos. Essas pessoas também têm maior predisposição de desenvolver o melanoma. Por isso, as mães devem observar seus bebês e protegerem adequadamente sua pele do sol.
Pessoas com nevos maiores, com formas irregulares e variações de marrom devem procurar um dermatologista e observar sempre as mudanças nesse nevo. Esses nevos atípicos têm maior risco de se transformar em um câncer de pele. A maioria dos nevos é benigna, mas os que apresentam alterações devem ser retirados para evitar complicações futuras.
6-Não faça bronzeamento artificial
A Sociedade Brasileira de Dermatologia condena formalmente o bronzeamento artificial, que pode causar o envelhecimento precoce da pele (rugas e manchas) e formação de câncer de pele.
7-Mantenha a pele hidratada bebendo bastante água
A água é fundamental para o bom funcionamento do organismo. Para uma pele bonita e saudável, os dermatologistas recomendam beber, pelo menos, 2 litros de água por dia. Se a pele estiver ressecada, é sinal que o corpo pede água. Mas outros fatores podem contribuir para o ressecamento da pele, como vento, poeira, sol em excesso, calor ou ar seco. Assim, além de beber bastante água, para evitar o ressecamento da pele é preciso usar pouco sabonete, evitar água muito quente e usar cremes hidratantes adequados, sem muito perfume.
8-Alimente-se bem
Assim como a ingestão de líquidos é importante para a saúde geral e também para a hidratação do organismo, a dieta é importante para manter a pele saudável. Existem alimentos que são essenciais e devem ser ingeridos para repor perdas ou para suprir necessidades, quando o organismo não produz a quantidade diária suficiente. São eles: vegetais, frutas, peixe, carnes magras, entre outros. Ou seja, toda a gama de alimentos que contenham as vitaminas, proteínas e fibras necessárias ao organismo e que ajudem a prevenir os radicais livres, que aceleram o processo do envelhecimento.
9-Não fique muito tempo com roupas molhadas para evitar micoses
Ambientes úmidos são ideais para o surgimento de fungos na pele, as chamadas micoses. As piscinas, quando água não é tratada devidamente com cloro, podem ser um perigo.
As praias também contêm fungos, na maioria das vezes deixados na areia pelos próprios banhistas. Entretanto, a água do mar não é um meio favorável para a proliferação de micoses, como a das piscinas. A preocupação maior é com gatos e cachorros que eventualmente transitam pelas praias, que podem ter fungos no pelo. As fezes e a urina dos animais transmitem o bicho geográfico, um verme que nada tem a ver com as micoses e que provoca caminhos na pele e muita coceira. Os fungos podem estar presentes, ainda, em parques, na areia, terra ou grama.
É necessário secar bem as dobras do corpo, evitar ficar muito tempo com biquínis, sungas e calções molhados. Medidas como não sentar nas bordas das piscinas, que acumulam fungos, e andar calçado em ambientes de uso comum, como praia, clubes e parques, podem evitar o surgimento das micoses.
10-Tome cuidado com animais marinhos como águas-vivas e caravelas
Para que o passeio na praia não termine no pronto-socorro, é preciso evitar o contato com animais marinhos. O contato da pele com animais encontrados no litoral brasileiro, como águas-vivas, caravelas, ouriços e esponjas do mar representam riscos à saúde.
Não manuseie diretamente estes animais; não nade quando caravelas e águas-vivas estiverem por perto; se souber que houve acidentes nas proximidades, fique alerta e não entre na água; os cuidados devem ser redobrados com relação às crianças, que são, particularmente, mais sensíveis do que os adultos; cuidado com os costões rochosos, principalmente com as pedras úmidas, que são muito escorregadias; utilize um calçado firme e forte; ao mergulhar no mar agitado, evite locais com ouriços-do-mar. Se houver reações pelo contato com algum desses animais, espere os sintomas desaparecerem. Em casos de reação alérgica mais grave, procure um médico. O correto tratamento ajuda a evitar infecções secundárias.
Fonte: Informações obtidas no site www.sbd.org.br
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