|
Conheça a face artística de Marta Gaino, da coordenação do Profisco
Poesia, música, desenho, pintura e fotografia revelam uma Marta Gaino que poucos conhecem. Reconhecida pelo trabalho desenvolvido como coordenadora de Monitoramento e Avaliação do Programa de Modernização e Fortalecimento da Gestão Fiscal do Estado (Profisco), a agente de tributos encontrou na arte "uma forma de compreender a própria alma através de atividades que estão livres da exigência de cumprir prazos e metas", bem diferente das que executa no dia a dia.
Sem que percebesse, a arte foi ganhando espaço na vida da coordenadora. Os primeiros versos surgiram ainda na adolescência e hoje seriam o suficiente para que Marta publicasse um livro. “Me lembro de escrever poesias desde a adolescência. São centenas de poesias, já tenho até a estrutura de um livro na cabeça, mas nunca paro para materializá-lo. Como em todo projeto, é preciso dedicação e planejamento para colocá-lo em prática. O dia em que o meu sentimento resolver juntar isso tudo, aí eu faço o livro" revela. .
O universo feminino é a maior inspiração dos versos de Marta, que enxerga a poesia como um momento de auto-reflexão em que é possível expressar no papel aquilo que a alma deseja falar. "A poesia vem num momento de inspiração para nos dizer alguma coisa. Um recado da sua alma para você mesmo. Pode ser que ao ler a poesia você sinta uma coisa completamente diferente daquela que eu senti quando estava escrevendo. Ela vem em momentos de alegria, em momentos de tristeza, em momentos de decisão. De vez em quando pego alguma para reler e me lembro do momento que eu estava vivendo. Parece que quando escrevemos conseguimos ouvir aquilo que a cabeça está dizendo. Mas quando você escreve e depois lê, as ideias ganham um corpo".
Por influência do pai, a música sempre esteve presente na vida de Marta, que durante dez anos participou do coral da Sefaz. “A música sempre fez parte da minha vida. Meu pai foi músico por um bom tempo e a música foi algo muito natural. Participei do nosso coral desde a formação e fiquei durante dez anos, até que, por questões profissionais, não pude mais acompanhar os ensaios. Eu gosto de cantar sempre que estou em uma roda de amigos, mas, assim como na poesia, não me vejo atuando como cantora. É uma coisa natural que faço com os amigos, que me faz sentir bem, extravasar as emoções, o estresse. É só cantar que você sai leve, pronta pra outra".
Em 2010, Marta gravou um cd em comemoração ao seu aniversário para celebrar uma nova fase de sua vida e presentear os amigos, inspirada nos festivais de música da época de ouro do rádio. "Eu queria uma coisa que traduzisse o que eu estava sentindo naquele momento. Ouvi numa rádio uma música dos festivais da década de 60 e 70 e decidi gravar um cd com músicas da época de ouro do rádio. Fiz uma coletânea com canções do primeiro ao último festival e fui ensaiar com o maestro Luciano Prado, que me orientava sobre quais ficariam boas na minha voz. Selecionei músicas que impactaram a minha geração, como a primeira música de Chico Buarque e a primeira de Caetano Veloso, e presenteei os amigos no meu aniversário. Foi algo que me deu muito prazer", ressalta.
Além dos versos e da música, a arte está presente na vida de Marta através do desenho, da pintura e da fotografia. O corpo humano é a principal inspiração para os quadros da agente de tributos. "Eu me interessei por desenho e do desenho passei para a pintura. Tenho algumas telas a óleo. É uma coisa que no final de semana, quando estou sem fazer nada, digo vou fazer um quadro. Fico meses pintando e apagando. E é uma criação. Parece que eu começo a pintar e não quero mais me desapegar do quadro, então não termino nunca. Não quero vê-lo pronto, quero ficar ali brincando com ele. Gosto de pintar principalmente o corpo humano, não sei bem ao certo o porquê. Também gosto demais de fotografia".
Para Marta, a arte não pode ser algo rígido, cheio de exigências, moldes e prazos definidos. Deve ser uma atividade que se contraponha à dureza do dia a dia para que a criatividade possa ganhar vida. "Gravei um cd porque tive vontade, mas não vejo como uma obrigação de cantar, fazer apresentações ou gravar um outro cd. A mesma coisa acontece em relação à poesia e aos quadros. Se eu tivesse que organizar uma exposição, me obrigaria a ter quadros de excelente qualidade, e isto é o contrário do que eu quero com arte. Nunca pensei em ser cantora ou pintora. Preciso que este lado artístico seja desestruturado, uma coisa sem obrigação, sem meta, justamente para que eu possa ter a arte como um lazer, como uma coisa que desestressa", salienta.
As poesias, músicas, pinturas e fotografias de Marta estão disponíveis em seu Blog (martagaino.wordpress.com), onde é possível conhecer um pouco mais sobre as obras da nossa colega.
|
|