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Mães fazendárias: histórias de amor e dedicação
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Histórias de amor entre mães e filhos podem ter enredos diferentes, mas há sempre um denominador comum: a renovada emoção de gestar uma vida dentro de si, dar à luz uma criança, cuidar desta nova pessoa e acompanhar cada passo do seu desenvolvimento.
A prova está nos relatos das três mães fazendárias que conversaram conosco sobre suas experiências recentes de maternidade: Noêmia Fernandes, da sede, Margareide Leal, da IFMT Norte, e Jandiara Cardoso, da DAT Sul.
São histórias de amor e dedicação que contamos aqui para fazer uma justa homenagem a todas as mães da Sefaz!
Noêmia Fernandes, coordenadora de Programação e Gestão Orçamentária da Dirop
"Ser mãe é um presente de Deus". É assim que a coordenadora de Programação e Gestão Orçamentária da Dirop, Noêmia Fernandes, define o sentimento da maternidade. Há quatro anos, quando se casou, Noêmia queria muito ter um filho, mas pensava que o desejo de ser mãe ficaria restrito a um sonho pelo fato de estar com quarenta anos de idade. O que a coordenadora não imaginava era que a vida lhe reservaria uma grata surpresa em dose dupla.
"Eu pensava que, por conta da minha faixa de idade, não conseguiria ter filhos. Seis meses depois que me casei, procurei um médico, pois tentava engravidar e não conseguia. Passei por uma bateria de exames sem saber que já estava com dois meses de gravidez. Quando os resultados saíram, fui diagnosticada como se tivesse um tumor, mas dias depois, almoçando com os colegas, me senti mal, fui ao médico, e então veio a surpresa maravilhosa: estava esperando meu tão sonhado filho".
Quando soube da notícia, Noêmia não conteve a alegria e aproveitou cada momento da gravidez. Pouco tempo depois de ter voltado da licença maternidade, a coordenadora começou a notar mudanças em seu corpo e, preocupada, foi procurar um médico, quando foi surpreendida com a notícia de que seria mãe novamente. "Eu não podia imaginar que estava à espera de meu segundo filho, pois Emanuel não havia nem completado um ano de idade. A ideia de ser mãe novamente veio de forma inesperada, mas foi recebida com muito amor. Há exatos um ano e cinco meses depois do nascimento de Emanuel, Davi chegou ao mundo com muita saúde e para completar nossa felicidade", revela.
Cuidar de duas crianças pequenas foi um desafio para Noêmia, que garante que o amor e a alegria em ver seus pequenos compensa qualquer esforço. Hoje, Emanuel tem três anos e Davi, dois. "Sempre gostei muito de criança, de bebê. Mas dar conta de dois não é fácil [risos]. Pela pouca diferença de idade, muitos chegam a pensar que os dois são gêmeos. É praticamente tudo igual, roupas, sapatos, brinquedos, só muda a cor. Tudo que damos pra um temos que dar para o outro também, para não ter briga. Mas a melhor parte é acordar todos os dias de manhã e ter o carinho dos meus filhos".
Margareide Leal, Agente de Tributos da IFMT Norte
Aos 36 anos, quando se sentia preparada para ser mãe, Margareide Leal deixou de utilizar os métodos contraceptivos, tentando engravidar de seu primeiro filho. Em três anos de tentativas, os exames não apontavam nenhum problema, mas a agente de tributos sofreu três abortos espontâneos e então decidiu realizar procedimentos de fertilização. Foram seis fertilizações até que, aos 41 anos, realizou o sonho de ser mãe com a chegada de Enzo. "Não queria ter um filho num momento em que eu não pudesse lhe dedicar a atenção necessária, mas, se fosse hoje em dia, optaria por engravidar aos 30 anos", analisa.
Margareide afirma que a maternidade trouxe grandes transformações à sua vida e se define como uma outra mulher após ser mãe. "É como se fossem duas Margareides, uma antes de ser mãe e outra completamente diferente após a maternidade. Acho que toda mulher precisa ser mãe para estar completa. Tudo melhorou. Estou mais prudente no trânsito, mais cuidadosa, porque a gente fica com medo que aconteça algo conosco e não possamos mais cuidar do nosso filho. Quando você vê aquela criaturinha linda que depende de você te olhando nos olhos é uma sensação indescritível, maravilhosa", explica.
A alegria em ser mãe é tamanha que Margareide não poupa esforços para comemorar cada momento com o filho Enzo, que está com dois anos de idade. "Quando Enzo nasceu, todo mês tinha festa lá em casa. Fiz questão de fazer todos os mensários até seu décimo mês, aniversários, álbuns de fotografia, tudo para celebrar a vida de meu filho, que foi tão sonhado e esperado. No momento, ele é a única criança pequena da família e, por isso, recebe muito carinho, é a alegria da casa", conta, toda orgulhosa.
Jandiara Cardoso, coordenadora de atendimento da Sefaz no SAC de Teixeira de Freitas
"Minha primeira filha nasceu em 1983, foi uma gestação programada, tranquila, uma experiência muito gostosa de se viver. No ano seguinte, veio minha segunda filha. Não estávamos esperando, mas recebemos a notícia com muito amor e carinho. Dezoito anos mais tarde fui presenteada com o nascimento do meu primeiro filho, Luís Ricardo. A essa altura, mais madura, estava totalmente preparada para recebê-lo e planejamos sua chegada com muito amor. Seu desenvolvimento ocorreu normalmente como qualquer criança de sua idade, andou e falou no tempo certo. Mas aos dois anos de idade, percebemos que estava um pouco mais retraído que as outras crianças, se irritava com o toque, não olhava nos olhos e então descobrimos que Luís tinha autismo", relembra a coordenadora de atendimento no SAC de Teixeira de Freitas.
A maturidade e o amor fizeram com que Jandiara enxergasse o fato de seu filho ter autismo como uma oportunidade de aprendizado e crescimento pessoal. A cada desafio encontrado, a servidora demonstrava paciência e dedicação, e há 11 anos pode celebrar grandes vitórias no desenvolvimento de Luís Ricardo. "A gente sempre pede que o nosso filho venha com saúde, mas, para mim, ter um filho autista é como um presente, uma oportunidade de crescimento e amadurecimento. É nessa hora que a gente se percebe mãe, tem que abdicar de algumas coisas para priorizar a criação e o cuidado com o filho. Uma criança autista tem muito a nos ensinar, principalmente em relação ao modo como enxergam a vida, pois não se preocupam com coisas luxuosas, mas com as coisas mais simples. Hoje, Luís tem 11 anos de idade, e a cada progresso que a gente observa é uma grande felicidade. Quando ele começou a juntar as primeiras palavras, a ler e a escrever eu fiz uma verdadeira festa! É muito bom observar seu desenvolvimento, são conquistas diárias que nos dão muita alegria. Luís é o xodó da casa, as irmãs já são adultas e todos têm muito carinho e atenção por ele", afirma.
No dia 2 de abril de 2013, Dia da Consciência Mundial sobre o Autismo, Jandiara iniciou um movimento na cidade de Teixeira de Freitas junto com outras mães. A partir deste encontro, surgiu a ideia de reunir as mães de crianças autistas na Câmara Municipal de Teixeira de Freitas para trocarem experiências e se ajudarem mutuamente.
Deste trabalho, que envolve cerca de vinte mães de Teixeira de Freitas e municípios vizinhos, Jandiara elaborou o projeto de criação de uma associação de crianças autistas, em parceria com as secretarias de Saúde e Educação do município, que está em fase de aprovação pela prefeitura da cidade. O projeto tem o objetivo de oferecer assistência gratuita, com atendimento profissional para o pleno desenvolvimento das crianças autistas e todo o apoio necessário às mães. "Nós trocamos experiências, aconselhamos, mostrando que é preciso ter paciência, ser otimista e acreditar no desenvolvimento dos nossos filhos. Desta forma, uma mãe ajuda a outra a superar os desafios", relata.
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