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Campanha solidária beneficia 27 famílias de catadores com cestas básicas
Ação promovida pelo Núcleo de Desenvolvimento do Ser Humano (SGF/NDSH) em parceria com o programa Recicle Já Bahia contou com doações de fazendários, revertidas em cestas básicas que foram distribuídas entre famílias de catadores de material reciclável da cooperativa Recicla Jacobina, do interior do estado.
A solidariedade dos fazendários contribuiu para que 27 famílias de catadores de reciclagem da cooperativa Recicla Jacobina, do interior do estado, tivessem a alimentação assegurada neste período de pandemia. Por meio da campanha de arrecadação realizada pelo Núcleo de Desenvolvimento do Ser Humano em parceira com o programa Recicle Já Bahia, servidores fizeram doações, que foram revertidas para a compra de cestas básicas distribuídas entre os cooperados.
A tesoureira da cooperativa, Elizabeth Santana, afirma que as doações vieram em um momento muito oportuno, visto que por causa da pandemia boa parte dos resíduos recolhidos pelos catadores foi reduzida. "Em nome dos cooperados eu venho agradecer a todos que colaboraram com a campanha. As cestas básicas chegaram em boa hora e vão fazer uma grande diferença para estas famílias".
À frente da organização da campanha na Sefaz, a servidora do NDSH Meyre Bezerra agradece o apoio dos fazendários. "Graças à ajuda de cada um que colaborou, pudemos cooperar com estas famílias que tanto precisam. O Núcleo procura sempre apoiar os projetos do Recicle Já Bahia, que já fazem parte do calendário das ações de responsabilidade socioambiental das quais o NDSH participa", explica a servidora.
Responsabilidade socioambiental e solidariedade
A pandemia da Covid-19 trouxe grandes mudanças, sobretudo por causa da necessidade de distanciamento social para evitar a transmissão da doença. Com um menor número de pessoas na rua, trabalho remoto, diminuição no tráfego de veículos e proibição de acesso às praias, por exemplo, houve uma diminuição nos índices de poluição ambiental, ao mesmo tempo em que alguns profissionais autônomos, como vendedores ambulantes e catadores de material reciclável, tiveram redução considerável em sua fonte de renda. Neste cenário, a solidariedade surge como uma forma de minimizar os impactos sofridos por estes trabalhadores.
Pensando em minimizar os prejuízos das famílias de catadores de reciclagem, o Programa Recicle Já Bahia, vinculado à Superintendência de Patrimônio (Supat) da Secretaria da Administração (Saeb) e responsável pela coleta de materiais recicláveis nos órgãos públicos estaduais, realizou campanhas para arrecadar doações para as cooperativas que processam estes resíduos durante a pandemia. A bióloga especialista em Recursos Ambientais e coordenadora do Programa Recicle Já Bahia, Vanuza Gazar dos Reis, chama atenção para o fato de que o menor volume de resíduos gerados pelas pessoas está diminuindo o material de quem trabalha com reciclagem de resíduos sólidos. Ela afirma que este período de isolamento social é uma oportunidade de exercer a solidariedade e olhar com empatia para as pessoas que perderam possibilidades de obter recursos.
“Hoje, as cooperativas de catadores estão trabalhando com uma condição muito precária porque nos locais onde eles costumavam pegar resíduos, como nos restaurantes e órgãos públicos, que davam uma grande quantidade de material para eles trabalharem, o volume diminuiu muito. Uma grande reflexão que está mais intensa nesse período é pensar naquele que, por exemplo, vivia vendendo picolé na praia e agora está precisando de ajuda. A solidariedade, a empatia com o próximo, tenho certeza que vão ficar como um grande aprendizado. É pensar no outro, que muitas vezes passa por nós e a gente não percebe”, diz.
Mobilizações em série
A coordenadora do Recicle Já Bahia conta como surgiu a ideia de apoiar os catadores neste momento de dificuldade. “Nós, enquanto servidores, tivemos um grande ensinamento de uma cooperativa de Juazeiro com quem temos uma relação de trabalho. Quando perguntamos como estava a situação deles, se eles estavam precisando de algo, eles falaram que já estavam recebendo ajuda, mas que tinha um pessoal que trabalha no lixão de Curaçá em uma situação muito difícil. Então decidimos fazer uma campanha voluntária com alguns servidores no TRE e conseguimos levantar valores para a compra de cestas básicas e produtos de higiene e limpeza para eles. Esta ação mobilizou uma outra que a Secretaria da Fazenda fez para apoiar uma cooperativa de catadores em Jacobina. São bons exemplos que estão sendo repetidos”, explica.
Para Vanuza, a solidariedade e o consumo consciente são mudanças de hábitos que devem ser continuadas no período pós-pandemia. “Eu espero que depois que tudo volte ao normal, as pessoas possam pensar mais no meio ambiente, refletir mais sobre esse consumo exagerado e pensar sobre a importância de gestos simples como separar os materiais recicláveis no ambiente de trabalho, como trazer de casa pilhas, baterias e resíduos eletrônicos para um descarte correto, separar os papéis, plásticos e papelões, enfim, que tudo o que for reciclável possa ser encaminhado para o reaproveitamento destes materiais”, ressalta a coordenadora do Recicle Já Bahia.
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