|
Estudo brasileiro aponta qual tipo de máscara tem maior proteção
Com muitos tipos de máscaras disponíveis para utilização, pesquisadores analisam qual tem a maior eficácia contra o Covid-19 e outros vírus infecciosos
Após quase dois anos de pandemia, existem à disposição muitos tipos de máscaras, como as de pano, as cirúrgicas descartáveis, as de padrão PFF2/N95, entre outros. Vale esclarecer, a propósito, que os modelos PFF2 e o N95 são equivalentes. A diferença é a nomenclatura adotada: no Brasil utiliza-se PFF2, e a denominação N95 vale para os Estados Unidos e outros países. Com essa variedade disponível, os estudos comprovando a eficácia na proteção contra o vírus da Covid-19 e outras doenças infecciosas buscam esclarecer quais as opções mais adequadas. Na edição de fevereiro de 2022 da Revista Pesquisa Fapesp, foi publicado um artigo que apresenta o estudo feito pelo Instituto Max Planck, na Alemanha, e apresentado em dezembro de 2021, sobre a eficiência das diversas máscaras.
O trabalho dos pesquisadores confirmou a eficiência da função de escudo que as máscaras oferecem. O estudo constatou que uma pessoa não vacinada e sem fazer a utilização da máscara leva menos de cinco minutos para se infectar, mesmo estando a três metros de distância da pessoa infectada com o vírus. A chance de contágio levaria quatro vezes mais tempo para acontecer se esta mesma pessoa estivesse utilizando máscara tipo PFF2/N95, de forma correta (bem ajustada ao rosto, sem nenhum espaço aberto ou folgada para que não haja a possibilidade de passagem de partículas por essas brechas).
Pesquisadores brasileiros do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP) e do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), investigaram a eficiência das máscaras faciais. Foram analisadas 227 máscaras diferentes, desde as de padrão PFF2/N95, até as costuradas em casa com tecidos sintéticos ou de algodão. O estudo analisou a capacidade de filtração, fator que impede o vírus de ser expelido ou respirado, e a respirabilidade das máscaras, que mede quanto elas podem facilitar ou dificultar a passagem do ar. Com esses dois parâmetros foi possível combinar e calcular o fator de qualidade (FQ) para cada modelo avaliado.
Em termos de filtragem, as máscaras que se destacaram foram as de padrão PFF2/N95, com 7 camadas de proteção, impedindo 98% da passagem das partículas. Logo em seguida, as máscaras cirúrgicas apresentaram a capacidade de 89% e as de TNT impediram a passagem de 78%. Ambas têm três camadas de proteção. Já as máscaras de algodão com duas camadas, caseiras ou vendidas no comércio, apresentaram a menor porcentagem de filtragem, retendo entre 20% e 60% das partículas. Considerando o fator respirabilidade, as máscaras de TNT se destacaram com o maior índice, em seguida das cirúrgicas. As do tipo PFF2/N95 e de algodão tiveram índice menor, sem no entanto dificultarem o uso, mesmo em longos períodos.
No resultado final, onde se obteve o fator qualidade de cada um dos tipos de máscara, a pesquisa concluiu que a proteção de maior qualidade, levando em consideração os parâmetros de respirabilidade e filtragem, era assegurada pelas máscaras padrão PFF2/N95. Isso ocorre, de acordo com o estudo, em função do maior número de camadas dessas máscaras, e do fato de que os fios de sua trama não são regulares, dessa forma prendendo mais partículas do que os outros modelos.
Em seguida estão as cirúrgicas e de TNT com três camadas. Ambas, assim como as de padrão PFF2/N95, têm a trama dos seus fios tecida de forma irregular, ajudando na captura de partículas. Uma condição que pode interferir na proteção é a forma de fixar a máscara: por terem seus elásticos presos nas orelhas, estes modelos não ficam tão justos ao rosto, sendo possível a passagem de ar pela lateral ou pela parte superior da máscara.
Por último ficaram as máscaras de algodão com duas camadas, caseiras ou vendidas no comércio, por conta dos tipos de tecido utilizados para a sua confecção. Em especial as que são feitas em casa, com fios mais grossos e com a trama mais regular, mantendo um único padrão, são as menos indicadas, pois facilitam a passagem das partículas e dificultam a respiração dos usuários.
Facebook: facebook.com/sefaz.govba
Twitter: twitter.com/sefazba
Instanet – o Instagram dos fazendários: @instanetsefaz
Instagram Sefaz-Ba: @sefazbahia
Instagram Nota Premiada Bahia: @notapremiadabahia
|
|