Consumo de álcool deve ser moderado
No mês do combate ao alcoolismo, confira recomendação de especialista para não abusar na ingestão de bebidas alcoólicas.
Doença crônica que provoca diversos problemas de saúde e de relacionamento familiar e social, o alcoolismo está entre os principais fatores de risco e incapacitação evitáveis no planeta, e responde por cerca de uma em cada dez mortes de pessoas com idade entre 15 e 49 anos.
O uso excessivo de álcool e outras drogas também é o responsável por 50% dos casos de absenteísmo no trabalho e está associado a doenças como depressão, ansiedade, hepatite, cirrose, hipertensão, além de elevar o risco de doenças cardiovasculares.
O alcoolismo tem cura, mas, por se tratar de uma dependência química, é necessário um tratamento multidisciplinar, unindo médicos, psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais e outros especialistas.
O Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo é celebrado em 18 de fevereiro, e para marcar a data conversamos com a psiquiatra Carolina Dellalana sobre os riscos do consumo exagerado de bebidas alcoólicas. Confira:
1 - Quais são os principais sinais de que o consumo de álcool já ultrapassou o limite e se tornou um vício?
Caroline Dallalana: A partir do momento em que o indivíduo apresenta um grupo de sintomas cognitivos, comportamentais e fisiológicos, indicando o uso contínuo de álcool, apesar dos problemas que geralmente a substância apresenta, que incluem a abstinência, a tolerância e a fissura. Geralmente, o indivíduo apresenta um padrão que leva a um sofrimento clinicamente significativo. Um dos sintomas é quando o álcool é frequentemente consumido pelo indivíduo em grandes quantidades ou por um tempo maior do que é pretendido. Ou quando o indivíduo apresenta um desejo persistente ou esforços mal sucedidos no sentido de controlar ou reduzir o uso do álcool, passa muito tempo gastando em atividades necessárias para sua obtenção e faz uso recorrente do álcool em situações que apresentam risco a integridade física, resultando em fracasso nas diversas áreas.
2 - Sabemos que o tratamento para o alcoolismo exige um acompanhamento multidisciplinar e o apoio das pessoas que convivem com o dependente de álcool. Poderia exemplificar alguns destes tratamentos?
Caroline Dallalana: O acompanhamento do indivíduo deve ser contínuo, por um grupo de profissionais especializados. Isso inclui o acompanhamento psicológico e o acompanhamento medicamentoso com o médico psiquiatra. Grupos de apoio, como os alcoólicos anônimos, baseados nos 12 passos, também podem ajudar.
3 - A pandemia agravou o problema do alcoolismo?
Caroline Dallalana: Segundo a pesquisa realizada pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), durante a pandemia, a intensificação do uso do álcool trouxe dados alarmantes, principalmente no período inicial de isolamento. Segundo os dados, as bebidas alcoólicas eram ingeridas para aliviar o estresse do dia a dia, diante das incertezas, do aumento da ansiedade e do distanciamento físico no cenário da Covid-19. Na prática clínica, pude observar também um aumento dos casos, principalmente por causa das questões emocionais geradas pelo cenário da pandemia.
Acolhimento na Sefaz
Na Sefaz, o Núcleo de Desenvolvimento do Ser Humano (NDSH), unidade vinculada à Superintendência de Desenvolvimento da Gestão Fazendária (SGF), realiza um trabalho de acolhimento e encaminha para tratamento os servidores que atravessam este e outros problemas relacionados à saúde física e emocional. O telefone do NDSH é o 71 3115-8833.
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