Cinquenta anos do Sindiquímica é comemorado na Assembleia
Os 50 anos do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Química, Petroquímica, Plástica, Farmacêutica do Estado da Bahia (Sindiquímica-Ba) foram comemorados, no dia 14 de junho, em sessão especial na Assembleia Legislativa da Bahia. O evento contou com a participação de secretários de Estado, políticos e de ex-diretores e funcionários que fizeram parte da história do sindicato. A iniciativa foi dos deputados Joseildo Ramos, que preside a Comissão de Constituição e Justiça, e do líder do PT na Casa, Rosemberg Pinto.
O secretário estadual da Fazenda, Luiz Alberto Petitinga, destacou o importante papel do Sindicato no processo de redemocratização do país. “A Bahia passou por uma enorme transformação com a consolidação do segmento da petroquímica, que contribuiu de forma significativa na mudança na estrutura econômica do estado e do país. O Sindiquímica foi um dos responsáveis pelo surgimento de uma classe operária com papel importante na modernização do movimento dos trabalhadores. Espero que, daqui a cinquenta anos, possamos estar aqui de novo comemorando”.
Um vídeo com relatos e depoimentos contando a história do sindicato foi transmitido durante a sessão. Também foram entregues placas alusivas aos 50 anos do Sindiquímica para os ex-dirigentes sindicais, aos proponentes da sessão e funcionários homenageados.
Integraram a mesa do evento os deputados estaduais Rosemberg Pinto e Joseildo Ramos; Nilson Santos Bahia, primeiro presidente do Sindiquímica; Moema Gramacho, secretária de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza; Luiz Alberto, deputado federal; Luiz Petitinga, Secretário da Fazenda; Carlos Martins, presidente da Companhia de Transportes de Salvador; Alfredo Santos, diretor da Central Única dos Trabalhadores Nacional; Reginaldo Freitas, ex-diretor do Sindiquímica; Lucíola Conceição, diretora do Sindiquímica; e Sinval Gonzaga Lordelo, diretor do Sindiquímica.
História de luta
Vários acontecimentos elevaram o Sindiquímica ao patamar de entidade vanguardista na luta sindical. A intercessão pelos trabalhadores foi constante desde o período de ditadura militar. De 1964 a 1972, três juntas interventoras se sucederam na direção da Aspetro e alguns dos seus dirigentes acabaram presos.
A carta sindical do Sindiquímica foi obtida em 1978. Em 1985, os trabalhadores do Polo Petroquímico de Camaçari pararam pela primeira vez no mundo um complexo de tal porte. O Sindiquímica teve um papel ativo na representação da categoria e, desde 1992, os trabalhadores grevistas foram anistiados e indenizados pela União devido aos danos materiais e morais causados aos demitidos na greve de 1985.
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