Confira dicas de especialista sobre o consumo do açúcar
Açúcar livre, conhecido popularmente como açúcar de mesa, é um ingrediente importante no dia a dia do brasileiro e está presente na maioria dos alimentos. Contudo, seu consumo em exagero pode trazer consequências à saúde.
Os doces estão entre os alimentos preferidos dos brasileiros. Para muitas pessoas, evitar o seu consumo é algo praticamente inviável, não só pelo sabor agradável, mas também porque os alimentos açucarados acabam sendo verdadeiros alentos para aqueles que estão com o emocional abalado.
Açúcar é um termo genérico para carboidratos cristalizados comestíveis. Ele está presente em diversos tipos de alimentos e possui classificações variadas. O tipo mais comum é a sacarose ou açúcar livre, mais conhecido pela população como açúcar de mesa.
O consumo em exagero da sacarose pode acarretar em sérios problemas para a saúde. Quando o ingerimos, antes de chegar ao sangue o açúcar passa pelo pâncreas, órgão que filtra a insulina e faz o trabalho para ajudar na ingestão. Quando consumido em excesso, o organismo encontra dificuldade para ingerir e acaba deixando grande parte da glicose ir para o sangue.
Segundo a nutricionista Rafaela Osthues, este tipo de açúcar tem sido o foco de diversos problemas de saúde pública como a obesidade, diabetes, problemas cardiovasculares e hipertensão. “Essas doenças vêm crescendo muito e estão associadas a esses açúcares livre”, disse.
Benefícios do açúcar
A especialista explica que os carboidratos exercem uma função muito importante no nosso organismo, principalmente relacionado à energia. “A glicose é a nossa moeda energética, por isso não podemos tirar da nossa dieta. Tudo vai depender da sua escolha alimentar. O correto é priorizar alimentos saudáveis e diminuir o excesso de açúcares livres, que estão presentes no chocolate, nas bebidas açucaradas e no próprio açúcar de mesa”, assinala.
Para reduzir o consumo da sacarose, é necessário dar prioridade aos alimentos naturais. A nutricionista dá algumas dicas para serem colocadas em prática na hora de comprar alimentos industrializados. “É importante prestar atenção na rotulagem, ver na lista de ingredientes quais alimentos estão presentes no produto, e ficar atento para o seguinte. O primeiro alimento que vem indicado na lista é o que está presente em maior quantidade naquele alimento. Se o açúcar estiver como primeiro ingrediente, já sabemos que é prevalente na preparação”.
Os nutricionistas recomendam o uso de até 10% da sacarose diariamente e mesmo para quem não possui nenhuma enfermidade é importante manter um equilíbrio.
Consumo de frutas
As frutas têm o açúcar próprio que chamamos de frutose. Para uma alimentação balanceada, é necessário o consumo de frutas, pois elas contêm fibras, vitaminas e minerais muito importantes para a saúde. A dica é ter atenção nas porções e na quantidade.
Segundo Rafaela, a frutose é um tipo de carboidrato, mas não significa que seja ruim. “Claro que o açúcar aumenta a glicemia, mas é só ter o controle na quantidade. Aconselho consumir de três a quatro porções de frutas por dia. Nunca deve ser desencorajado o consumo das frutas”, recomenda a nutricionista.
Algumas frutas têm maior quantidade de carboidratos. Por exemplo, a laranja, em uma porção, tem 21 gramas de carboidratos. Já uma fatia média de mamão tem 16 gramas e o sapoti cerca de 26 gramas. “Mas isso não significa que não devemos consumir frutas, a questão é só adequar à quantidade que cada pessoa precisa”.
Controle para diabéticos
O Ministério da Saúde assinou um acordo para reduzir 144 mil toneladas de açúcar dos alimentos. Sendo assim, o Brasil se torna um dos primeiros países do mundo a fazer acordo para redução de açúcar das indústrias alimentícias. Essa meta está prevista para ser cumprida até 2022.
A Sociedade Brasileira de Diabetes recomenda que o consumo da sacarose para pacientes com diabetes também seja menor do que 10% do valor energético total. “Para diabéticos, o doce deve ser consumido com muita moderação e sempre alertar que esse tipo de alimento não possui fibra, vitamina e nem minerais e mesmo em pequenas porções contém bastante calorias”, explica Osthues.
Rafaela ressalta a importância das pessoas, sempre que possível, procurarem ajuda nutricional para que o especialista possa fazer o cálculo baseado no que cada uma precisa, sendo diabéticas ou não. Rafaela Osthues finaliza dizendo que para cada paciente é diferente a quantidade prescrita. “Todos devem ter acompanhamento para adequarmos às necessidades que cada indivíduo precisa diariamente”, pontua.
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