Hepatite C e os riscos do diagnóstico tardio
Hepatite C é uma doença viral que leva a inflamação do fígado e raramente desperta sintomas, o que é um problema porque muita gente acaba sendo vítima do diagnóstico tardio. Uma das três variedades mais comuns de hepatite, a de tipo C é considerada a pior delas, chegando a matar, em média, três mil pessoas por ano no Brasil.
A Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH) e a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) encomendaram uma pesquisa ao Datafolha na qual se descobriu que 62% dos brasileiros que contraíram o vírus não sabem que têm a doença. O levantamento foi feito com 2.125 pessoas de 120 municípios e foi divulgado em 28 de julho, definido como o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais.
A doença é transmitida por meio do contato com sangue contaminado, seja por transfusão de sangue, compartilhamento de objetos pontiagudos e de higiene pessoal – como lâminas de barbear e depilar, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam, o que pode acontecer na confecção de tatuagem e na colocação de piercings.
O teste para detectar a doença é rápido e não dói: uma gotinha de sangue pode revelar a presença do vírus da hepatite C. Os médicos alertam que as pessoas que receberam transfusões de sangue antes de 1993 devem fazer esse teste, já que até essa data não se conhecia o vírus e o sangue não era testado.
Sintomas
Na maior parte dos casos, a hepatite C é assintomática, mesmo quando o fígado já está bastante afetado pela doença. Segundo o blogue do Dr. Dráuzio Varela, em algumas situações pode ocorrer uma forma aguda da enfermidade, que antecede a forma crônica e provoca os seguintes sintomas: mal-estar, vômitos, náuseas, pele amarelada (icterícia), dores musculares, perda de peso e muito cansaço. Ascite (barriga d’água) e confusão mental podem ser sinais de que a doença atingiu estágios mais avançados.
Ainda segundo o médico, em casos mais graves, o indivíduo pode ter hepatite crônica com risco de desenvolver complicações como cirrose, câncer no fígado e insuficiência hepática.
Tratamento
A hepatite C é uma das poucas enfermidades crônicas que pode ser curada. Quando não é possível, o tratamento busca conter a progressão da doença e evitar as complicações. Segundo a o blogue do Dr. Dráuzio Varella, os esquemas terapêuticos evoluíram muito com o tempo. A medicação é distribuída gratuitamente pelo SUS.
Segundo o levantamento do Ministério da Saúde, atualmente, 15,8 mil pessoas estão em tratamento para a Hepatite C no SUS. O Brasil é um dos únicos países em desenvolvimento no mundo que oferece diagnóstico, testagem e tratamento universal para as hepatites virais em sistemas públicos e gratuitos de saúde.
Ainda não existe vacina contra a hepatite C, mas os portadores do vírus devem receber as vacinas contra as hepatites A e B, a vacina contra gripe anualmente e a vacina contra pneumonia.
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