Seja um doador de medula óssea
Apesar do nome assustar um pouco, fazer o cadastro para se tornar um doador de medula óssea é um processo rápido e simples. Para isso, basta ir a um dos postos da Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Estado da Bahia (Hemoba) espalhados por todo o estado, levar um documento com foto, ceder apenas 5 mililitros de sangue e manter suas informações atualizadas no site de registro nacional de doadores de medula óssea. A relação dos postos está disponível no endereço http://www5.saude.ba.gov.br/hemoba.
Mesmo sendo um procedimento simples, o número de doadores sofreu uma queda de 35,7% na Bahia de 2015 para 2018, ao cair de 26.668 cadastrados para 17.152. Com o objetivo de aumentar esse número, a Hemoba intensificou as campanhas, inclusive no interior, com o Hemóvel e a estrutura de coleta itinerante. Mas, fora da campanha, a população baiana também pode buscar os postos fixos da Fundação para se cadastrar.
O que é a medula óssea
Popularmente conhecida como “tutano”, a medula óssea é um tecido líquido que ocupa o interior dos ossos. Na medula são produzidos os componentes do sangue: as hemácias (glóbulos vermelhos) que transportam o oxigênio para as células de todo o organismo, os leucócitos (glóbulos brancos) que fazem a defesa das infecções e as plaquetas, que são responsáveis pela coagulação do sangue.
Algumas pessoas com doenças que afetam as células do sangue como a anemia aplástica e tipos de leucemias, linfomas e mielomas, a indicação de transplante é avaliada pela equipe médica, como forma de tratamento. No procedimento, é realizada a substituição da medula óssea doente por células normais de medula óssea com o objetivo de reconstituição de uma nova medula. Para muitos casos, o transplante é uma última centelha de esperança para continuar a luta pela sobrevivência.
Após a realização do cadastro como doador, os dados dos voluntários serão inseridos no REDOME, que é o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea. Na Bahia, esse cadastro é feito na Fundação Hemoba. Com a inserção das informações em um sistema nacional, a busca por possíveis compatibilidades é constante. Encontrando uma probabilidade, novos testes são feitos e o voluntário cadastrado é convidado para fazer a doação.
Infelizmente as chances de encontrar um doador compatível são pequenas. Entre irmãos é de apenas 25%, sendo que entre indivíduos que não possuem parentesco, a possibilidade é de 1 para 100 mil. Como encontrar a compatibilidade é uma chance remota, tão importante que o cadastro é ficar atento com os dados informados, atualizando o endereço e telefone sempre que houver mudança no site do REDOME (http://redome.inca.gov.br).
Doação
A doação da medula pode ser autóloga (quando é retirada a medula do paciente para transplantar nele mesmo), aparentada (quando alguém da família é compatível podendo assim ser o doador), e não aparentada (quando ninguém da família é compatível ou por algum motivo não pode doar, inicia-se uma busca através do banco de dados para dar prosseguimento ao transplante).
Nesse último caso é mais difícil encontrar um doador, porque é preciso haver total compatibilidade entre o doador e o paciente. No entanto, a chance de encontrar um doador compatível é de 1 para cada 100 mil habitantes, por isso a importância de ampliar o cadastro de doadores. No Brasil existem 4,8 milhões de cadastros e pouco mais de 800 pacientes em busca de doadores mas, diante da dificuldade de conseguir compatibilidade, esse número é ainda muito pequeno.
Para doar é preciso ter de 18 a 55 anos; apresentar bom estado geral de saúde; não ter doença infecciosa transmissível pelo sangue; não ter doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico; algumas complicações de saúde não são impeditivas para doação. Consulte seu médico; para se cadastrar como doador de medula óssea não é preciso um ano sem tatuagem ou piercing. Bastam 24 horas sem consumir bebidas alcoólicas.
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